segunda-feira, 29 de novembro de 2010

SOMENTE ASSIM

"Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos." - Jesus. (JOÃO, 15:8.)


  Em nossas aflições, o Pai é invocado.
  Nas alegrias, é adorado.
 Na noite tempestuosa, é sempre esperado com ânsia.  
No dia festivo, é reverenciado solenemente.

 Louvado pelos filhos reconhecidos e olvidado pelos ingratos, o Pai dá sempre, espalhando as bênçãos de sua bondade infinita entre bons e maus, justos e injustos. Ensina o verme a rastejar, o arbusto a desenvolver-se e o homem a raciocinar.
      Ninguém duvide, porém, quanto à expectativa do Supremo Senhor a nosso respeito. De existência em existência, ajuda-nos a crescer e a servi-Lo, para que, um dia, nos integremos, vitoriosos, em seu divino amor e possamos glorificá-Lo.

      Nunca chegaremos, contudo, a semelhante condição, simplesmente através dos mil modos de coloração brilhante dos nossos sentimentos e raciocínios.

      Nossos ideais superiores são imprescindíveis, e no fundo assemelham-se às flores mais belas e perfumosas da árvore. Nossa cultura é, sem dúvida, indispensável, e, em essência, constitui a robustez do tronco respeitável.       Nossas aspirações elevadas são preciosas e necessárias, e representam as folhas vivas e promissoras.
    
Todos esses requisitos são imperativos da colheita.
 Assim também ocorre nos domínios da alma.

Somente é possível glorificar o Pai quando nos abrimos aos seus decretos de amor universal, produzindo para o bem eterno. Por isso mesmo, o Mestre foi claro em sua afirmação.

Que nossa atividade, dentro da vida, produza muito fruto de paz e sabedoria, amor e esperança, fé e alegria, justiça e misericórdia, em trabalho pessoal digno e constante, porquanto, somente assim o Pai será por nós glorificado e só nessa condição seremos discípulos do Mestre Crucificado e Redivivo.



Do livro FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

Fonte: Portal Feb

quarta-feira, 24 de novembro de 2010


PENSASTE NISSO?



 “Sabendo que brevemente hei de deixar este meu tabernáculo, segundo o que também nosso Senhor Jesus-Cristo já mo tem revelado.” - (2ª EPÍSTOLA A PEDRO, CAPÍTULO 1, VERSÍCULO 14.)

Se muitas vezes grandes vozes do Cristianismo se referiram a supostos crimes da carne, é necessário mencionar as fraquezas do “eu”, as inferioridades do próprio espírito, sem concentrar falsas acusações ao corpo, como se este representasse o papel de verdugo implacável, separado da alma, que lhe seria, então, prisioneira e vítima.

Reparamos que Pedro denominava o organismo, como sendo o seu tabernáculo.
O corpo humano é um conjunto de células aglutinadas ou de fluidos terrestres que se reúnem, sob as leis planetárias, oferecendo ao Espírito a santa oportunidade de aprender, valorizar, reformar e engrandecer a vida.

Freqüentemente o homem, qual operário ocioso ou perverso, imputa ao instrumento útil as más qualidades de que se acha acometido. O corpo é con-cessão da Misericórdia Divina para que a alma se prepare ante o glorioso porvir.

Longe da indébita acusação à carne, reflitamos nos milênios despendidos na formação desse tabernáculo sagrado no campo evolutivo.
Já pensaste que és um Espírito imortal, dispondo, na Terra, por algum tempo, de valiosas potências concedidas por Deus às tuas exigências de trabalho?
Tais potências formam-te o corpo.

Que fazes de teus pés, de tuas mãos, de teus olhos, de teu cérebro? sabes que esses poderes te foram confiados para honrar o Senhor iluminando a ti mesmo? Medita nestas interrogações e santifica teu corpo, nele encontrando o templo divino.

Fonte: Portal FEB


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

RAPIDINHAS

Trabalhadores espíritas em ação
Com o objetivo de unificar, atualizar e dinamizar o Movimento Espírita
do Mato Grosso, a Federação Espírita do Estado promove,
nos dias 26, 27 e 28 de novembro, Cursos de Capacitação para
trabalhadores espíritas. Promovido em dois locais distintos, contará,
na sede da FEEMT, com palestras de Antonio Cesar Perri e Alírio
de Cerqueira Filho. Na Fundação Nova Suíça, segundo local do evento,
haverá exposição de temas ligados à Promoção Social Espírita e
Evangelização com os facilitadores da Equipe do DIJ da FEB
e de Edivaldo Roberto. Informações: (65) 3644-2727

Encontro Estadual de Espiritismo
O Centro de Convenções de Bahia receberá nos dias
19, 20 e 21 de novembro, o Encontro Estadual de Espiritismo
que contará com palestras diversas tendo, na abertura,
a presença de Divaldo Pereira Franco. Ao longo do evento
haverá apresentação de outros palestrantes como os
diretores da FEB Antonio Cesar Perri de Carvalho e
Marta Antunes, entre outros. Informações: www.feeb.org.br 


Família, União e Coração
O Setor de Atendimento Espiritual da União Espírita Mineira
promoverá no dia 4 de dezembro o Seminário  
“Família União e Coração - A Contribuição da Família Espírita
na Construção do Mundo de Regeneração”. Tendo como livro
tema Há 2.000 Anos, o Seminário que ocorrerá na própria
União Espírita Mineira contará com a apresentação musical de
Tim e Vanessa. Outras informações: www.uemmg.org.br

Encontro de Trabalhadores da 
Evangelização Infantil
Com a intenção de criar um encontro para formação
de trabalhadores, a FEEGO realizará, nos dias 27 e 28 de
novembro, em sua sede, o 1º ENTREI - Encontro de
Trabalhadores da Evangelização Espírita Infantil.
O evento visa, ainda, auxiliar casas espíritas que
não tenham evangelização infantil e que queiram
estruturar a área. Para fazer a inscrição
basta entrar em contato pelo e-mail secretaria@feego.org.br


Espiritismo nas Ruas
Com o objetivo de ampliar a divulgação da mensagem espírita,
o Centro Espírita Gabriel Ferreira, membro da União das
Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, implantou
o projeto  “Espiritismo nas Ruas”. A finalidade do projeto
é democratizar o acesso à leitura de obras espíritas.
Em outubro último lançou nas ruas paulistanas 60 clássicos
do Espiritismo (livros de Allan Kardec, Léon Denis,
André Luiz, Emmanuel, Hermínio Miranda, etc),
de variados gêneros literários e destinado ao público de todas
as idades.  Mais detalhes sobre o projeto podem ser
obtidos pelo telefone (11) 9765.1881 






 Fonte: Federação Espírita do Brasil

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

TEMPERAMENTOS




AUTOCONTROLE

Somos cuidadosos, salvaguardando o clima doméstico. Dispositivos de alarme, faxinas, inseticidas, engenhos de proteção e limpeza.
No entanto, raros de nós se acautelam contra o inimigo que se nos instala no próprio ser, sob os nomes de canseira, nervosismo, angústia ou preocupação.
Asseguramos a tranqüilidade dos que nos cercam, multiplicando recursos de segurança e higiene, no plano exterior, e, simultaneamente, acumulamos nuvens de pensamentos obsessivos que terminam suscitando pesadelos dentro de casa. 

Muitas vezes, desapontados conosco mesmos, à face dos estragos estabelecidos por nossa invigilância, recorremos a tranquilizantes diversos, tentando situar a impulsividade que nos é própria no quadro das moléstias nervosas, no pressuposto de inocentar-nos.
Sem dúvidas não podemos subestimar o poder da mente sobre o campo físico em que se apóia. Se acalentarmos a irritação sistemática, é natural que os choques do espírito atrabiliário alcancem corpo sensível, descerrando brechas à enfermidade. 

Nesse caso, é preciso rogar por socorro ao remédio. Ainda assim, é imperioso nos decidamos ao difícil entendimento do autodomínio. No que concerne a temperamento, é possível receber as melhores instruções e receitas de calma; entretanto, em última análise, a providência decisiva pertence a nós mesmos.
Ninguém consegue penetrar nos redutos de nossa alma, a fim de guarnece-la com barricadas e trancas.
Queiramos ou não, somos senhores de nosso reino mental. Por muito nos achemos hoje encarcerados, do ponto de vista de superfície, nas conseqüências do passado, pelas ações infelizes em nossa estrada de ontem, somos livres, na esfera íntima, para controlar e educar o nosso modo de ser. Não nos esqueçamos de que fomos colocados, no campo da vida, com o objetivo supremo de nosso rendimento máximo para o bem comum. 

Saibamos enfrentar os nossos problemas como sejam e como venham, opondo-lhes as faculdades de trabalho e de estudo que somos portadores. Nem explosão pelas tempestades magnéticas da cólera e nem fuga pela tangente do desculpismo. 

Conter-nos. Governar-nos. Aqui e além, estamos chamados a conviver com os outros, mas viveremos em nós estruturando os próprios destinos, na pauta de nossa vontade, porque a vida, em nome de Deus, criou em cada um de nós um mundo por si.



Fonte:Instituto André Luiz 




quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Educação mediúnica


Embora em diferentes graus e tipos, todos nós temos a mediunidade e, por esse motivo, todos somos médiuns. Essa faculdade é inerente ao homem, não constituindo um privilégio exclusivo. Porém, entendemos comumente como médium todo aquele que sente a influência dos espíritos de forma ostensiva...



Reparemos que, ao nosso redor, há ignorância, miséria, lágrimas, feridas, dores e erros. Pois bem, é por meio dos médiuns que os espíritos nos instruem, suavizam a miséria, enxugam as lágrimas, cicatrizam as feridas, mitigam as dores e corrigem os erros. A mediunidade, quando equilibrada, faz com que nós, habitantes da Terra, trabalhemos juntos na construção do reino de Deus.

Mediunidade infantil
Geralmente, o processo de desenvolvimento da mediunidade é cíclico, ou seja, ocorre por meio de etapas sucessivas em forma de espiral. O primeiro ciclo vai de zero aos 12 anos de idade, período no qual as crianças possuem a mediunidade à flor da pele, por assim dizer, mas com o resguardo da influência benéfica e controladora dos espíritos protetores, chamados por algumas religiões de “anjos da guarda”.
Nessa fase infantil, as manifestações mediúnicas são mais de caráter anímico. A criança projeta sua alma nas coisas e nos seres que a rodeiam, recebe as intuições orientadoras de seus protetores, às vezes observa e denuncia a presença de espíritos e, não raro, transmite avisos e recados destes aos familiares de maneira positiva e indireta. Quando passam dos sete ou oito anos, as crianças se integram melhor ao condicionamento da vida terrena, desligando-se progressivamente das relações espirituais e dando mais importância às relações humanas.
No entanto, não é aconselhável o exercício da mediunidade em crianças, uma vez que o organismo delas, débil e em formação, pode sofrer fortes abalos. Além disso, a imaginação está em intensa atividade e pode haver uma grande excitação, sem contar que elas não possuem discernimento suficiente para lidar com os espíritos.
Às vezes, as manifestações mediúnicas apresentadas pela criança são causadas pelas perturbações existentes no ambiente do lar. Neste caso, o mais recomendável é atendê-la com passes, para eliminar as manifestações, e orientar o comportamento dos familiares adultos, para que as tensões espirituais não reflitam mais nela.
Agora, se a manifestação mediúnica for espontânea e equilibrada, deve-se aceitar os fenômenos com naturalidade, mas sem estimulá-los nem tampouco querer colocar a criança em um verdadeiro trabalho mediúnico. Convém que ela seja encaminhada para a evangelização e o conhecimento doutrinário adequados à sua idade, a fim de que, no futuro, ela esteja devidamente preparada para entender sua faculdade e empregá-la bem.

Manifestações mais intensas
O segundo ciclo de desenvolvimento da mediunidade começa geralmente na adolescência, a partir de 12 ou 13 anos de idade. Como dissemos, no primeiro ciclo, só se deve intervir no processo mediúnico com preces e passes, para abrandar as excitações naturais da criança. Já na adolescência, o corpo amadureceu o suficiente para que as manifestações mediúnicas se tornem mais intensas e positivas. Então, é tempo de encaminhá-la com informações mais precisas sobre a questão da mediunidade.
Diante disso, não se deve tentar o desenvolvimento da mediunidade em sessões. O passe, a prece e as reuniões de estudo doutrinário são os meios de auxiliar o processo sem forçá-lo, dando ao adolescente a orientação necessária. A adolescência é a hora das atividades lúdicas, dos jogos e esportes, do estudo e aquisição dos conhecimentos em geral, de uma integração mais completa na realidade terrena. Portanto, não se deve forçar os adolescentes, mas estimulá-los no tocante aos ensinamentos espirituais, abrindo suas mentes para o contato mais profundo e constante com a vida no mundo. Os exemplos dos familiares influem mais em suas opções do que os ensinamentos e as exortações orais.
Já o terceiro ciclo ocorre geralmente na passagem da adolescência para a juventude, entre 18 e 25 anos de idade, tempo dos estudos sérios. No entanto, se a mediunidade não se definiu devidamente até esta fase, não devem haver preocupações, uma vez que existem processos nos quais sua verdadeira eclosão leva até cerca de 30 anos para ocorrer.

Potencialidade e educação
Na verdade, a potencialidade mediúnica nunca permanecerá letárgica. Ela se atualiza com mais freqüência do que supomos, passando de potência a ato em diversos momentos da vida, através de pressentimentos, previsões de acontecimentos simples, como o encontro de um amigo há muito ausente, percepções extra-sensoriais que atribuímos à imaginação ou à lembrança e assim por diante.
Portanto, os problemas mediúnicos consistem apenas e tão-somente na disciplinação das relações espírito-corpo, que chamamos de “educação mediúnica”. À medida que o médium aprende, como espírito, a controlar sua liberdade e selecionar suas relações espirituais, sua mediunidade se aprimora e se torna cada vez mais segura.
O bom médium é aquele que mantém o seu equilíbrio psicofísico e procede na vida de modo a criar para si mesmo um ambiente espiritual de moralidade, amor e respeito pelo próximo. A dificuldade maior está em se fazer o médium compreender que, para tanto, ele não precisa se tornar santo, mas apenas um homem de bem. Deve ser espontâneo, natural, uma criatura normal, que não tem motivos para se julgar superior aos outros. Quando não orientada para os caminhos do bom senso, a mediunidade pode turvar a vida e ser instrumento de perturbação geral, porém, em harmonia, pode fazer grandes coisas.
A educação mediúnica pode começar no simples modo de falar aos outros, transmitindo bastante brandura, alegria, amor e caridade em todos os atos da vida. O desabrochamento de uma faculdade mediúnica e seu constante aprimoramento necessita, dentre outras coisas, de educação, esforço, disciplina e aquisição de valores morais e espirituais, a fim de se evitar ciladas, enganos, perigos e dissabores que podem ser gerados pela invigilância, pela indisciplina e pelo despreparo.
É importante que o médium não procure na mediunidade um objetivo de simples curiosidade, diversão ou interesse particular, mas que a encare como coisa sagrada que deve ser utilizada para o bem de seu semelhante, sustentada na elevação moral e no estudo sério e edificante. Na primeira fase do desenvolvimento, o médium deve evitar qualquer pretensão vaidosa no sentido de se supor capaz de grandes feitos mediúnicos.
Aquele que se educa espiritualmente e amadurece seu dom através do esforço, do estudo e da disciplina moral passa a ser assistido pelos bons espíritos, que o preservam das ciladas do mundo invisível. Os bons médiuns são raros por falta de uma educação e um adestramento seguro. A faculdade mediúnica é delicada e necessita de acuradas precauções, perseverantes cuidados, método, aspirações nobres e da conquista de uma cobertura espiritual de caráter elevado. O ambiente da prática mediúnica deve ser seguro, organizado e sério, para evitar o perigo de um falso desenvolvimento em que predominam as viciações, bem como os condicionamentos, o automatismo, as falsas concepções do que sejam os espíritos guias, as mistificações e a obsessão.
Escrito por Edvaldo Kulcheski 

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Autopsicografia


O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
    Esse comboio de corda
      Que se chama coração.




Fernando Pessoa
27/11/1930